Viva Chile
Uri Valadão conhece as belezas naturais em Arica, Chile
Por: Uri Valadão
Estou em Arica, no norte do Chile, há quase 2 semanas, treinando e competindo na 3ª etapa do mundial.
Clique aqui para ver as fotos
Na verdade, não obtive bons resultados e fiquei fora da briga por essa etapa, mas nada que me desanime. Surfei bem em minhas baterias e faltaram alguns detalhes para seguir em frente.
Isso tem se repetido em alguns campeonatos do mundial e preciso colocar a cabeça no lugar agora, continuar treinando forte e me concentrar para as próximas etapas.
Já estava com o texto pronto para colocar no site, mas preciso abrir um parágrafo para destacar a vitória de nosso herói Guilherme Tâmega , ontem em EL Gringo. GT com seus 38 anos, parece que voltou a surfar como nos velhos tempos quando era garoto e tinha seus 20 anos de idade.
O cara simplesmente atacou as ondas de 10 pés com tubos e rollos gigantes caindo em cima das pedras e saiu sem um aranhão e lembrando que ele estava com os dois ombros lesionados, tem explicação?A cada dia ele me surpreende e por isso encho a boca para falar desse grande ídolo. Ontem foi uma emoção enorme, parecia final de Copa do Mundo.
Na final as torcidas se dividiram entre Brasil e Austrália, e nós brasileiros fizemos muito barulho. Todos se uniram e parecia que estávamos na água com Guilherme, cantamos até o hino nacional. GT absorveu essa energia e correspondeu dentro d?agua como um leão.
Tâmega ganhou a etapa mais importante do Tour e agora lidera o Circuito Mundial. Alguém ainda tem dúvidas que Tâmega é o maior de todos os tempos?
Retornando ao texto que já tinha preparado...
Na maioria das viagens que faço fico sempre na mesma rotina, no foco do campeonato e acabo não conhecendo bem os lugares por onde passo, ficando sempre a sensação de que deixei passar a oportunidade de conhecer melhor aquele lugar, suas paisagens, seu povo, sua cultura.
Esta viagem está sendo diferente de todas. Estou meio ?inquieto?, a fim de explorar mais a região e experimentar novas aventuras.
Aproveitei os intervalos do Arica Chiliean Challenge, paralisado por três dias devido as condições do mar, para conhecer o máximo desse lugar incrível.
Há algum tempo vinha desejando conhecer o paradisíaco Lago Chungará que fica apenas quatro horas de carro de Arica e decidi que ía ser este ano. Combinei com Alexandre Milazzo, meu conterrâneo e parceiro de quarto, e com os amigos cearences Marcelo Freitas e Roberto Bruno para fazer essa trip.
O Lago Chungará é o mais alto do mundo. São 4.700 metros de altitude e um lugar paradisíaco. Porém as condições são totalmente atípicas para nós que vivemos no calor do Brasil e ao nível do mar. Frio, clima seco e pouquíssimo oxigênio nos esperavam no alto dos Andes, quase na divisa com La Paz, na Bolívia.
Saimos numa van às 7:30 da manhã de Arica em direção ao Lago. Durante o caminho fomos nos divertindo e dando muitas gargalhadas. A cada meia hora de subida o guia parava em um lugar diferente, cada um mais lindo que outro.
Em uma das paradas o guia nos recomendou comprar um saco com folhas de Coca para mascar e evitar queda de pressão e enjôo, que é muito comum em locais de muita altitude.
Após varias paradas em ?cidades fantasmas? no meio do nada, paramos em uma feirinha de artesanato, assim que descemos do carro para ir ao banheiro, os Lhamas vieram correndo em nossa direção atrás de comida e quase entraram na Van. Foi muito engraçado! Fiquei amarradão e curti muito o contato com esses animais que são comuns nesta região.
Continuamos nossa barca e quando passamos dos 3 mil metros, notei Marcelinho e Bruno meio calados e sonolentos... na verdade eles estavam ficando enjoados, sem energia e já com falta de ar.
Eu e Alexandre nos adaptamos melhor às circunstancias e não tivemos grandes problemas.
Depois de muita subida, que durou praticamente cinco horas, finalmente chegamos ao incrível Lago Chungará. Confesso que fiquei emocionado ao me deparar com um lugar tão bonito e diferente de tudo que já vi. A beleza natural é algo indescritível, sem falar que a região transmite uma energia muito forte.
Saí do carro louco para sentir aquela vibração boa e logo fui registrar os momentos com nossas câmeras. Foi uma pena que Bruno e Marcelo passaram mal e nem sequer conseguiram sair do carro para tirar fotos... quando eles tentaram se levantar para conhecer o Lago quase desmaiaram pela falta de oxigênio e estavam realmente sem forças. Foi necessário utilizar uma bomba de oxigênio para não ter maiores problemas. Enquanto eu e Milazzo tínhamos que fazer tudo em marcha lenta e com poucas palavras para não gastar muita energia.
Deu tudo certo, conseguimos curtir bastante o Chungará e fizemos muitas imagens iradas que iremos guardar para o resto da vida.
Na volta paramos para almoçar em uma cidade no meio de um vale chamada Putre, numa friaca retada.
Após o almoço saímos em direção à Arica e chegamos em nosso hotel às 20 horas. Valeu a pena sair um pouco do foco do evento para distrair e conhecer mais este paraíso.
Não sei se Marcelo Freitas e Roberto Bruno recomendarão esta aventura para galera, mas recomendo para todo mundo conhecer um dia este lugar fascinante.
Sugiro que leiam também a matéria do blog de Marcelinho contando a trip por um ângulo diferente do meu, porém muito engraçado!!!
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Na verdade, não obtive bons resultados e fiquei fora da briga por essa etapa, mas nada que me desanime. Surfei bem em minhas baterias e faltaram alguns detalhes para seguir em frente.
Isso tem se repetido em alguns campeonatos do mundial e preciso colocar a cabeça no lugar agora, continuar treinando forte e me concentrar para as próximas etapas.
Já estava com o texto pronto para colocar no site, mas preciso abrir um parágrafo para destacar a vitória de nosso herói Guilherme Tâmega , ontem em EL Gringo. GT com seus 38 anos, parece que voltou a surfar como nos velhos tempos quando era garoto e tinha seus 20 anos de idade.
O cara simplesmente atacou as ondas de 10 pés com tubos e rollos gigantes caindo em cima das pedras e saiu sem um aranhão e lembrando que ele estava com os dois ombros lesionados, tem explicação?A cada dia ele me surpreende e por isso encho a boca para falar desse grande ídolo. Ontem foi uma emoção enorme, parecia final de Copa do Mundo.
Na final as torcidas se dividiram entre Brasil e Austrália, e nós brasileiros fizemos muito barulho. Todos se uniram e parecia que estávamos na água com Guilherme, cantamos até o hino nacional. GT absorveu essa energia e correspondeu dentro d?agua como um leão.
Tâmega ganhou a etapa mais importante do Tour e agora lidera o Circuito Mundial. Alguém ainda tem dúvidas que Tâmega é o maior de todos os tempos?
Retornando ao texto que já tinha preparado...
Na maioria das viagens que faço fico sempre na mesma rotina, no foco do campeonato e acabo não conhecendo bem os lugares por onde passo, ficando sempre a sensação de que deixei passar a oportunidade de conhecer melhor aquele lugar, suas paisagens, seu povo, sua cultura.
Esta viagem está sendo diferente de todas. Estou meio ?inquieto?, a fim de explorar mais a região e experimentar novas aventuras.
Aproveitei os intervalos do Arica Chiliean Challenge, paralisado por três dias devido as condições do mar, para conhecer o máximo desse lugar incrível.
Há algum tempo vinha desejando conhecer o paradisíaco Lago Chungará que fica apenas quatro horas de carro de Arica e decidi que ía ser este ano. Combinei com Alexandre Milazzo, meu conterrâneo e parceiro de quarto, e com os amigos cearences Marcelo Freitas e Roberto Bruno para fazer essa trip.
O Lago Chungará é o mais alto do mundo. São 4.700 metros de altitude e um lugar paradisíaco. Porém as condições são totalmente atípicas para nós que vivemos no calor do Brasil e ao nível do mar. Frio, clima seco e pouquíssimo oxigênio nos esperavam no alto dos Andes, quase na divisa com La Paz, na Bolívia.
Saimos numa van às 7:30 da manhã de Arica em direção ao Lago. Durante o caminho fomos nos divertindo e dando muitas gargalhadas. A cada meia hora de subida o guia parava em um lugar diferente, cada um mais lindo que outro.
Em uma das paradas o guia nos recomendou comprar um saco com folhas de Coca para mascar e evitar queda de pressão e enjôo, que é muito comum em locais de muita altitude.
Após varias paradas em ?cidades fantasmas? no meio do nada, paramos em uma feirinha de artesanato, assim que descemos do carro para ir ao banheiro, os Lhamas vieram correndo em nossa direção atrás de comida e quase entraram na Van. Foi muito engraçado! Fiquei amarradão e curti muito o contato com esses animais que são comuns nesta região.
Continuamos nossa barca e quando passamos dos 3 mil metros, notei Marcelinho e Bruno meio calados e sonolentos... na verdade eles estavam ficando enjoados, sem energia e já com falta de ar.
Eu e Alexandre nos adaptamos melhor às circunstancias e não tivemos grandes problemas.
Depois de muita subida, que durou praticamente cinco horas, finalmente chegamos ao incrível Lago Chungará. Confesso que fiquei emocionado ao me deparar com um lugar tão bonito e diferente de tudo que já vi. A beleza natural é algo indescritível, sem falar que a região transmite uma energia muito forte.
Saí do carro louco para sentir aquela vibração boa e logo fui registrar os momentos com nossas câmeras. Foi uma pena que Bruno e Marcelo passaram mal e nem sequer conseguiram sair do carro para tirar fotos... quando eles tentaram se levantar para conhecer o Lago quase desmaiaram pela falta de oxigênio e estavam realmente sem forças. Foi necessário utilizar uma bomba de oxigênio para não ter maiores problemas. Enquanto eu e Milazzo tínhamos que fazer tudo em marcha lenta e com poucas palavras para não gastar muita energia.
Deu tudo certo, conseguimos curtir bastante o Chungará e fizemos muitas imagens iradas que iremos guardar para o resto da vida.
Na volta paramos para almoçar em uma cidade no meio de um vale chamada Putre, numa friaca retada.
Após o almoço saímos em direção à Arica e chegamos em nosso hotel às 20 horas. Valeu a pena sair um pouco do foco do evento para distrair e conhecer mais este paraíso.
Não sei se Marcelo Freitas e Roberto Bruno recomendarão esta aventura para galera, mas recomendo para todo mundo conhecer um dia este lugar fascinante.
Sugiro que leiam também a matéria do blog de Marcelinho contando a trip por um ângulo diferente do meu, porém muito engraçado!!!
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