Babi é bronze
Babi Brazil conquista a medalha de bronze no SUP Race na Nicarágua
Outro belo e quente dia, com ventos constantes no Lago Nicarágua definiu o cenário para as disputas de longa distância 18km de SUP race e Paddleboard feminino do ISA World SUP and Paddleboard Championship (WSUPPC), vencido na sexta-feira pela canadense Lina Augaitis no SUP e pela australiana Jordan Mercer no paddleboard.
A baiana Babi Brazil fez bonito e conquistou a terceira colocação no SUP Race, o melhor resultado do Brasil na história das provas de race no Mundial da ISA.
Algumas das melhores remadoras do mundo marcaram presença, remando forte em busca de uma medalha para seu país por entre as "Isletas de Granada" que compões a paisagem do lago. Ao todo, um conjunto de 365 ilhas que proporcionaram um cenário incrível para as disputas.
"Estou impressionado com a força e a técnica das competidoras! Percorrer a distância de 18 km sob o forte calor da Nicarágua. Todas dando o máximo de si, numa luta incrível através das ilhas e, em seguida, é claro, a parte final do percurso, remando vários quilômetros contra o vento, a parte mais difícil da competição. Parabéns a todas as remadoras por seu esforço incrível! ", declarou o presidente da ISA, Fernando Aguerre.
Nas disputas de SUP, a canadense Lina Augaitis surpreendeu novamente e é a nova medalhista de ouro do Mundial da ISA, terminanando o curso de 18 km em 1:58:24. Ela e a australiana Shakira Westdorp, que ficou com a prata, abriram boa vantagem sobre as demais competidoras desde o início das disputas.
"Esta corrida teve um pouco de tudo, flatwater, momentos de vento forte contra e a favor", disse eufórica a medalhista de ouro. "A paisagem era muito bonita com as ilhas e alguns macacos que apareciam por entre as árvores e isso animava a gente. Esse é o tipo de race de longa distância que eu gosto de fazer. Gosto de caminhos "ponto-a-ponto" porque eles um lado de aventura e você não sabe o que está irá surgir na próxima curva", completou a canadense. Shakira Westdorp conquistou a medalha de prata para a Austrália com o tempo de (02:00:20) depois de ganhar a medalha de bronze apenas três dias atrás, em La Boquita durante as disputas de SUP Wave.
BABI FICA COM O BRONZE - A "baiana arretada", Barbara Brazil, foi a terceira colocada com o tempo de (02:02:49) e ganhou a inédita medalha de Bronze para o Brasil nas provas de race. Babi é a maior medalhista brasileira na história do mundial e sua experiência nos jogos tem sido muito importante para a equipe brasileira, que participa da disputa sem equipe técnica.
Após a conquista da medalha a gerreira fez questão de enfatizar a importância que cada um dos atletas está tendo na conquista dos resultados do Brasil, encontrando nas adversidades forças para se manter unido: "Equipe é quando todos trabalham junto, tudo que se conquista tem uma gota de suor de cada um aqui. Bora Brasil!". A medalha de cobre ficou para uma revelação de apenas 15 anos, Shae Foudy, dos Estados Unidos, com o tempo de 02:03:40.
Na Paddleboard de longa distância a 'Aussie' Jordan Mercer conseguiu sua terceira medalha de ouro consecutiva na história do IWSPPC. Aos 20 anos de idade, a australiana mais uma vez mostrou seu talento assumindo a liderança desde o início da corrida, juntamente com a norte-americana Carter Graves, que a acompanhou de perto durante os primeiros quilômetros de corrida. Mas, após 7 quilômetros de prova, Mercer abriu vantagem sobre Graves e terminou a corrida em 1:59:16.
"Para mim", disse Mercer enquanto retomava o fôlego no círculo dos vencedores. "A preparação é muito importante. Eu não gosto de entrar na disputa se não estou 100% preparada. Quando chega o dia da competição todo o trabalho duro já foi feito e a prova se torna um jogo mental em que você procura se manter positiva e consciente para tomar as decisões certas. Fazer uma race inteligente é muitas vezes melhor do que simplismente fazer uma dura" , e de corrida inteligente é muitas vezes melhor do que correr duro."
Mercer seguiu falando sobre sua experiência no percurso: "Foi absolutamente incrível a possibilidade de apreciar a beleza ao mesmo tempo em que estávamos sofrendo muito durante a corrida. Nós estávamos trabalhando o nosso caminho, remando através de todas estas ilhas, e em todos os lugares que você olhova via belas paisagens, grandes rochas e árvores. Foi uma verdadeira aventura tentar fazer o nosso percurso dessa forma. Gostei muito quando saímos das ilhas, remando a favor do vento, fazendo um pouco de downwind. Embora, a parte final da corrida tenha sido bastante dura por causa do vento contra" , concluiu.
A norte-americana Carter Craves ficou com a Medalha de Prata concluindo a prova em 02:02:20, seguida pela espanhola Itzair Abascal Rivero, a Medalha de Bronze (2:09:49) e Ashley Cochrane, da Nova Zelândia, a Medalha de Cobre (2:17:19).
A brasileira Sinara Britto, que também é de Salvador, terminou a prova na sexta colocação com o tempo de 2:22:40. Este foi um resultado muito importante para a equipe brasileira e, também, o melhor resultado do Brasil em provas femininas de paddleboard no Mundial da ISA e, com apenas quatro meses de prática, Sinara se mostrou uma grata surpresa.
A competição recomeça neste sábado, a partir do meio dia (horário de Brasília) com as disputas masculinas de longa distáncia de SUP race e paddleboard. Vinnicius Martins (RJ), Gabriel Vilarinho (PE) e Claudio Britto (BA).
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