Coração valente
Eric Guimarães descreve paixão pelo surf e exibe vídeo de Valença
A vida no interior é um pouco mais calma, mas lamentavelmente a violência vem crescendo a todo vapor. Como todos sabem, já não temos a mesma liberdade de ir e vir como alguns anos atrás.
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Graças a Deus, minha cidade (Valença) ainda tem muitas pessoas de bem, que fazem a diferença, e continuamos levando a vida na medida do possível.
Por isso, o lugar mas tranquilo é o mar, onde eu não procuro a felicidade, mas faço-a acontecer da melhor forma. O mar sempre me atraiu e foi através dele que conheci o surf.
Depois conheci pessoas como meu primo Marcos Saracura. Ele me apresentou uma quadriquilha com a qual surfei bem pouco, mas foi muito bom. Logo em seguida conheci Dalmo Meireles, que me lapidou até chegar às competições. Tudo foi muito rápido.
Tivemos a perda de um dos melhores goofy footers de Valença, Flávio "China" Guanabara - uma pessoa maravilhosa e que nos traz muitas lembranças até hoje.
Continuei surfando, competindo e aprendendo com muitos amigos - Ricardo Longo Bastos, o Foca, Marco Martinez, Daniel Pires, Bruce Kamonk, Alvaro Rosa e mais alguns que não lembro e peço desculpas.
Nessa época, passei a frequentar Salvador, onde conheci Andre "Occy" Teixeira (risos). Ia passar o fim de semana e ficava meses em sua casa. Meu apelido por lá mudou de Neném para Oito (risos).
O surf faz muitas histórias assim, sempre há muita positividade nas pessoas. Passamos um tempo sem ver amigos do surf, mas quando reencontramos é aquela felicidade. Muitas histórias boas, ondas boas pela manhã bem cedo ou no fim de tarde.
Depois do surf, uma boa comida, comentar aquela manobra ou aquele tubo com aquele sorriso, como se você estivesse sabendo a vida toda que você nasceu para isso: surfar.
O mar é a maior escola para muitas pessoas, cada um vê da sua forma, mas para nós, que surfamos, é muito diferente. É como se ele fosse nossa alma. É onde consigo escrever em linhas, em movimento, em total harmonia, que só quem surfa sabe. Aloha.
Gostaria de dedicar este vídeo à minha avó Maria de Lurdes Paixão, a Dona Marinha, como era conhecida. As imagens foram produzidas no fim de junho e início de julho deste ano.